quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Estromatólitos

Os estromatólitos são os mais antigos testemunhos de vida na terra, foram encontrados à 3,5 mil milhões de anos. São fósseis que foram originados por bactérias e cianofitas que ao captarem os carbonatos existentes nos meios onde viviam, e ao metabolizá-los, os depositavam nas suas membranas celulares e, assim, foram-se desenvolvendo em camadas sucessivas, alternando com partículas sedimentares sobre um substrato rígido. Estas estruturas podem assumir diferentes formas, como esteiras microbianas, camadas, domos, colunas e oncólitos.

Os estromatólitos desenvolvem-se como um tapete de colónia de cianobactérias dependentes da energia solar para se alimentarem e crescerem, recolhendo-se em estado dormente à noite para porções mais internas do montículo por elas criado e voltando no dia seguinte à superfície; nestes processos, segregam carbonatos de cálcio que fixa e cimenta finas partículas dispersas na água o que origina as lâminas que se sobrepõem e fazem crescer os montículos que tendem a formar colunas verticalizadas.
Há estromatólitos de diversas idades, desde estruturas recentes e em construção. Actualmente, a existência de estromatólitos está confinada a zonas muito restritas do globo, como a baía dos Tubarões (Austrália) e as Bahamas (Caraíbas). O principal acontecimento deu-se no Pré-câmbrico Inferior, e alcançou grande desenvolvimento no Pré-câmbrico Superior.
Estes organismos foram os primeiros recicladores de carbono, os primeiros produtores de oxigénio e os primeiros seres a contribuirem para a construção de zonas de recifes.
As cianobactérias que participavam na construção dos estromatólitos foram possivelmente responsáveis pela geração de parte do oxigénio da atmosfera primitiva terrestre, realizando a fotossíntese e fornecendo a energia e o carbono, directa ou indirectamente, para uma vasta comunidade de seres vivos, sendo a forma de vida dominante por mais de 2 mil milhões de anos.

Bibliografia:

Grand Canyon

Grand Canyon  é o nome dado a uma fissura natural resultante de constante erosão provocada pelo rio Colorado, e localizada no estado norte-americano do Arizona. Está quase todo contido no chamado “Grand Canyon National Park“, um dos primeiros parques nacionais de todo os Estados Unidos.

Sua extensão é de 446 km, chega a medir entre 6 e 29 km de largura e atinge profundidades de 1600 metros. . Aproximadamente 2 bilhões de anos da história geológica da Terra estão à mostra no local, efeito da passagem do rio Colorado e de seus tributários, que literalmente “esculpem” a rocha camada sob camada, enquanto a planície do colorado, devido a movimentos tectónicos, foi gradualmente elevando-se.


O processo específico, bem como o período geológico em que tal fenómeno ocorreu ainda hoje é motivo de debate por parte de vários geólogos. Estudos recentes, porém, indicam que o rio Colorado estabeleceu seu curso através do Canyon á pelo menos 17 milhões de anos atrás. Desde aquele período, o Colorado vêm gradualmente erodindo a rocha por onde passa, baixando cada vez mais o terreno de seu percurso em detrimento da região à sua volta.

A primeira expedição científica ao desfiladeiro foi dirigida pelo Major John Wesley Powell no final da década de 1870. Powell referiu-se às rochas sedimentares expostas no desfiladeiro como "páginas de um belo livro de histórias".

É considerado uma das sete maravilhas naturais do mundo e um ponto turístico visitado por milhares de turistas anualmente, gerando receita para as cidades e populações ribeirinhas ao desfiladeiro

Bibliografia:

«Relógios» Sedimentológicos

litostratigrafia é uma subdisciplina da estratigrafia que tem por finalidade a descrição e organização sistemática das rochas da crusta terrestre em unidade baseada nas suas características litológicas e na sua relação estratigráficas.
Assim a litostratigrafia procura estudar a evolução geológica de uma dada região, através da caracterização  de um conjunto de materiais que aí podem ser individualizados, tendo em conta as suas características litológicas, independente da sua idade.

Princípios litostratigráficos fundamentais


Princípio da sobreposição - Numa dada sequencia estratigráfica, os estratos que se encontram no topo são mais recentes do que aquele s que se encontram na base (figura ao lado).


Princípio da horizontalidade - Determina que os sedimentos que estiveram na origem dos estratos são depositados, em regra, segundo camadas horizontais (figura ao lado).  


Princípio da intersecção – Um filão ou uma intrusão magmática é sempre posterior às formações rochosas que atravessa (figura a baixo).


Princípio da inclusão - Certos encraves que ficam englobados numa determinada rocha são provenientes de rochas mais antigas do que aquela que os contém. De uma forma geral, podemos dizer que qualquer rocha que contenha elementos de outras preexistentes é sempre mais recente (figura a baixo).

Princípio da continuidade lateral - um estrato tem sempre a mesma idade ao longo de toda a sua extensão, independentemente da ocorrência da variação horizontal (lateral) da fácies. Deste modo, uma camada limitada por um muro (base) e por um tecto (topo) e definida por uma certa fácies tem a mesma idade ao longo de toda a sua extensão lateral (figura a baixo).



O estudo destes princípios é muito importante, porque é através destes que se consegue estudar as rochas e também descobrir a sua idade. Se não fossem estes princípios, seria ainda mais difícil descobrir dados importantes sobre o nosso planeta e assim continuar com dúvidas e especulações.
Mesmo havendo métodos mais evoluídos para estudar as rochas, estes princípios continuam a ser muito importantes, porque foram estes que abriram o caminho para o mundo da descoberta.



Bibliografia:
Manual escolar 12º ano "Geologia" da Porto Editora

Fossilização

Fósseis (do latim fossilis) são os restos materiais de antigos organismos ou as manifestações da sua actividade, que ficaram mais ou menos bem conservados nas rochas ou em outros fósseis

De um modo geral, os organismos são completamente destruídos após a morte e num determinado espaço de tempo, processo este que se designa por decomposição.
Estes são decompostos pela acção combinada de:
- organismos decompositores (geralmente microorganismos);
-agentes físicos (alterações de pressão e temperatura) e
- agentes químicos (dissoluções, oxidações, entre outros).


Na fossilização os compostos orgânicos que constituem o organismo morto são substituídos por outros mais estáveis nas novas condições. Estes podem ser calcite, sílica, pirite, carbono, entre outros.
A fossilização é um processo muito lento e complexo!
São muito convenientes duas condições, que o organismo possua partes duras e que ocorra um enterramento rápido por sedimentos finos que interrompa a decomposição.




De acordo com as condições do ser vivo e do meio, podem ocorrer diversos tipos de fossilização:


Mumificação ou conservação

A mumificação é o mais raro processo de fossilização. Pode ser:
 
Total - quando o ser vivo é envolvido por uma substância impermeável (por exemplo: resina, gelo) que impede a sua decomposição.

Parcial - quando as formações duras (carapaças, conchas, etc) de alguns organismos permanecem incluídas nas rochas por resistirem à decomposição.



Mineralização 

Este processo consiste literalmente na substituição gradual dos restos orgânicos de um ser vivo por matéria mineral, rocha, ou na formação de um molde desses restos, mantendo com alguma perfeição as características do ser. Ocorre quando o organismo é coberto rapidamente por sedimento após a morte ou após o processo inicial de deterioração. 


Moldagem

Consiste no desaparecimento total das partes moles e duras do ser vivo, ficando nas rochas um molde das suas partes duras. O molde pode ser:

Molde externo - quando a parte exterior do ser vivo desaparece deixando a sua forma gravada nas rochas que o envolveram.

Molde interno - os sedimentos entram no interior da parte dura e quando esta desaparece fica o molde da parte interna.


Marcas

É o tipo de fossilização mais abundante em que permanecem vestígios deixados pelos seres vivos, uma vez que é o mais fácil e simples de ocorrer. Exemplos de marcas podem ser: pegadas, ovos e excrementos de animais.





Para a ciência, a descoberta de um mais um fóssil é de grande importância, pois, é essencial para que possamos entender a diversidade da natureza e também a nossa história evolutiva.

Bibliografia: