domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cartas topográficas

Foi-nos dado uma proposta de trabalho na aula de geologia que consistiu em elaborarmos, umas cartas geológicas através do programa Inkscape. Cada elemento de cada grupo teve que desenhar uma carta através de outra original. A baixo temos duas das cartas elaboradas por dois elementos do nosso grupo. 
(Para verem as cartas mais ampliadas cliquem sobre elas).
Carta do Aluno Samuel nº 27

A imagem acima apresentada, contém à esquerda a carta original pela qual traçámos a nossa carta presente do lado direito da imagem onde somente estão presentes, curvas de nível, cursos de água e pontos cotados. A elaboração desta carta não foi muito complicada em comparação com as outras mas requereu algum cuidado e trabalho.


Carta do Aluno Luís nº 20

Acima está ilustrada outra imagem semelhante à primeira, em que à esquerda temos a carta original e à direita a carta elaborada por nós apenas com as curvas de nível, os cursos de água e os pontos cotados, estando ainda presentes nesta imagem alguns pontos geodésicos visto que esta carta original os continha. A elaboração desta carta já foi mais complicada como dá para perceber, tem mais curvas de nível e mais cursos de água, dando assim mais trabalho.

Glaciares e o degelo

Glaciar é uma grande e espessa massa de gelo formada em camadas sucessivas de neve compactada e cristalizada, de várias épocas, em regiões onde a acumulação de neve é superior ao degelo. É dotada de movimento e se desloca lentamente, em razão da gravidade, relevo abaixo, provocando erosão e sedimentação glaciar.

O gelo dos glaciares é o maior reservatório de água doce sobre a Terra, e perde em volume total de água apenas para os oceanos. As geleiras cobrem uma vasta área das zonas polares mas ficam restritas às montanhas mais altas nos trópicos. Em outros locais do sistema solar, as grandes calotas polares de Marte rivalizam-se com as da Terra.


O degelo dos glaciares aumenta e Portugal está em risco
Em todo o mundo, os glaciares derretem a um ritmo impressionante. Um ritmo que ultrapassa até as previsões mais pesssimistas. A tendência volta a ser confirmada por um estudo recente da Universidade da Sabóia, perto de Chambery, em França. O degelo dos glaciares é a principal causa da subida do nível dos oceanos. Portugal é um dos países em risco.

Fig.1
 Previsão da Costa Portuguesa em 2100 devido à erosão e ao degelo dos glaciares e das calotes polares
A maior parte da costa portuguesa está em risco de erosão e perda de terreno durante as próximas décadas devido às alterações climáticas. No entanto, não há nenhum estudo integrado que permita avaliar com exactidão o que vai acontecer, e onde, e que medidas são necessárias para minimizar estragos.


Uma notícia que contradiz todas as previsões
Todas as previsões tem apontado para o aumento da velocidade do degelo dos glaciares, no entanto, um novo relatório científico divulgado recentemente, tem finalmente um vislumbre de algo positivo.  Afirma que, enquanto os glaciares dos Himalaias (Fig. 2) estão derretendo mas estão fazendo num ritmo muito mais lento do que se acreditava anteriormente.

Fig.2
O portador da boa notícia foi John Wahr, um pesquisador da Universidade do Colorado em Boulder . Ele e a sua equipe realizaram um estudo á sucessão gigante de montanhas utilizando medições para as alterações massa de gelo para todos os glaciares e baseando-se numa melhor análise de dados registado pelo  satélite da NASA, GRACE, de 2003 a 2010, os resultados, publicados na revista Nature , oferecem um alívio para uma região já sente os impactos do aquecimento global.
O que eles descobriram foi que a quantidade de perda anual dos glaciares do Himalaia e Karakoram não era tão terrível como tinha sido calculado por pesquisadores anteriores. Na verdade, era substancialmente menos, cerca de 4 bilhões de toneladas por ano, ao contrário da atual percepção de 50 bilhões de toneladas.

Fig.3
Por quê a grande divergência? John Wahr acredita que pode ser devido ao facto de que as últimas projecções serem baseadas em algumas centenas de glaciares que podem ser observados a partir do solo. No entanto, os dados do GRACE é a compilação de mais de 200.000 glaciares ou a tampa da Terra de gelo inteira.


É fascinante a forma como os glaciares se formam e mais incrível ainda são as estupendas paisagens que estes glaciares nos proporcionam, devendo nós tentar reduzir ao máximo a destruição destes, pois, uma das grandes causas do degelo dos glaciares é o aquecimento global do qual nós estamos envolvidos nele negativamente.

Bibliografia:
Livro de Geologia 12º ano

Mineral mais velho do que a Terra encontrado num meteorito

Uma equipa de geólogos da City University of New York (CUNY) e do museu norte-americano de História Natural anunciaram na revista  «American Mineralogist» a descoberta de um mineral desconhecido até agora e inexistente na Terra.
Este mineral terá sido um dos primeiros a formar-se no sistema solar. É um componente original da maior parte dos planetas do sistema e existiu mesmo antes do começo da formação da Terra e dos seus vizinhos. 

O mineral, baptizado como crotita (Fig. 1), é o componente principal de uma série de inclusões de um meteorito encontrado no norte de África, o NWA 1934. Este pequeno grão, que devido à sua aparência foi chamada de “ovo partido”, intrigou desde logo os investigadores.Com alguma frequência, os meteoritos contêm pequenos fragmentos ou inclusões de outros materiais cujo estudo se tem revelado uma fonte inesgotável de informação sobre os inícios do sistema solar.

Fig. 1 
Este é uma rara mistura refractária de cálcio e alumínio o que significa que a sua estrutura é estável a temperaturas elevadas.
Depois de identificado, o “ovo partido” foi enviado para o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) onde foi submetido a análises de nanomineralogia para que fossem determinados os seus componentes.

Encontrar este composto formado naturalmente há mais de 4500 milhões de anos é um “tesouro”, visto que contém informação que pode ajudar a decifrar a origem do sistema solar.
Fabricar artificialmente este material requer que se utilizem temperaturas de, pelo menos, 1500 graus centígrados. Este “ovo partido” formou-se a baixas pressões, o que é consistente com o facto de que a sua origem data das fases iniciais da nebulosa solar primogénita, da qual se formaram os planetas.

Bibliografia:

Abalo no Haiti poderá ser aviso de novos tremores de terra

O sismo que abalou o Haiti, há dois anos, poderá ser a manifestação de um novo ciclo de actividade sísmica com futuros tremores de terra arrasadores, concluiu uma investigação publicada em Janeiro nos EUA.

Segundo os autores do estudo liderado por William Bakun, da U.S. Geological Survey, os arquivos históricos revelam uma actividade sísmica frequente nas Caraíbas nos últimos 500 anos, mais particularmente na ilha de Hispaniola, partilhada pelo Haiti e pela República Dominicana.

Fig. 1
Sismólogos apoiaram-se em numerosos relatos de destruições provocadas por diferentes tremores de terra para avaliar a sua intensidade, a sua situação geográfica e amplitude e, assim, elaborar um modelo.

No estudo, publicado no Boletim da Sociedade Americana de Sismologia, os autores descrevem uma série de sismos devastadores ocorridos no século XVIII na falha de Enriquillo, que atravessa a ilha de Hispaniola de este a oeste.

Um abalo de magnitude 6,6 ocorreu em 1701 no Haiti, muito próximo do epicentro do violento sismo de 12 de Janeiro de 2010, de magnitude 7,0, que matou mais de 200 mil pessoas. De acordo com os cientistas, as descrições dos abalos e da sua intensidade são semelhantes.
 A 3 de Junho de 1770 registou-se um tremor de terra de magnitude 7,5, a oeste da zona do sismo de 2010, que ocorreu após 240 anos de pausa sísmica. Para William Bakun, do Instituto de Geofísica norte-americano e um dos co-autores do estudo, a falha Enriquillo “parece novamente activa”.

Assim pode vir aí um ciclo de sismo destruidores nesta zona, tendo assim os especialistas aconselhado os Haiti e a República Dominicana para se prepararem para sismos de uma intensidade semelhante aos que se verificaram.

Bibliografia: