Fig. 1 |
“Foi calculado o sismo máximo expectável para cada uma das falhas (Fig. 2) e chegou-se à conclusão que a primeira poderá gerar um sismo de magnitude 7.06, a segunda de 6.42 e a terceira 6.52", revelou Carlos Cancela Pinto ao Ciência Hoje.
Para além disso, do ponto de vista científico, “este trabalho poderá abrir portas para novos projectos científicos que corroborem (ou não) as falhas identificadas e que melhorem a compreensão da Bacia Terciária do Vale Inferior do Tejo”, acrescenta.
Para realizar este trabalho, o geólogo utilizou uma “metodologia inovadora em Portugal”. Foram congregados dados num programa informático utilizado pela indústria petrolífera, Openworks Landmark, com o objectivo de compreender e identificar as principais falhas da região. Foram utilizados dados geofísicos, catálogos sísmicos, dados de altimetria, sondagens geológicas e furos profundos providentes da indústria petrolífera, bem como cartografia geológica de superfície recentemente actualizada.
Com base nos resultados obtidos foram interpretados novas falhas que “são muito possivelmente estruturas activas, pois no registo dos dados de sísmica de reflexão afectam formações geológicas mais superficiais”.
Com base nos resultados obtidos foram interpretados novas falhas que “são muito possivelmente estruturas activas, pois no registo dos dados de sísmica de reflexão afectam formações geológicas mais superficiais”.
Fig . 2 (As falhas assinaladas a tracejado indicam falhas prováveis) |
Os próximos passos que Carlos Cancela Pinto pretende dar incluem a investigação com instrumentos de sísmica de alta resolução e abertura de trincheiras nas zonas das principais falhas, com o objectivo de confirmar se estas falhas tiveram actividade nos últimos 25 mil anos e estudá-las, determinando o período de recorrência e sismos máximos expectáveis.
Sem comentários:
Enviar um comentário