quinta-feira, 7 de junho de 2012

Rochas do Convento de Mafra


As rochas do Palácio de Mafra são mármores extraídos da pedreira de Pêro Pinheiro localizada no conselho de Sintra.
O nome de Pêro Pinheiro está associado à indústria dos mármores há mais de dois séculos.
Mais de quatro centenas de empresas e mais de 6000 postos de trabalho. O mercado final é a indústria da construção (80% de acordo com as estatísticas internacionais) e as obras funerárias, além da escultura e as peças de decoração.
A rocha utlizada no Convento de Mafra é o lioz. Os seus depósitos foram formados no período cenomaniano-cretácico num ambiente de mar pouco profundo de águas quentes e límpidas propícias á proliferação de organismos de esqueleto carbonatado construtores de bancos de recifes. A rocha caracteriza-se por ser um calcário bioclastico e calciclastico compacto, rico em biosparite e microsparite, geralmente de cor bege.

As explorações de Rocha Ornamental estendem-se desde Fervença até à vila dos Negrais.
A actividade extractiva está fisicamente condicionada pela ocupação de superfície.
A esta atividade extractiva (mineira) está associado, como a todas as outras o impacto ambiental negativo da extracção, dos materiais não aproveitados (rejeitados) e das antigas explorações que se tornam em reservatórios de água.
A evolução técnica e económica tem imposto novas exigências às empresas e à actividade.
A quantidade de Rocha Ornamental produzida é hoje muito superior ao passado.

Bibliografia:

Recursos Minerais

Esta imagem mostra como os recursos minerais estão presentes no nosso dia-a-dia. Clique em cima para ampliar.

Os recursos minerais incluem numerosos materiais utilizados pelo Homem e podem classificar-se em metálicos e não-metálicos.

Os recursos minerais metálicos são elementos químicos, como o ferro, o cobre ou o ouro, e encontram-se distribuídos na crusta terrestre, fazendo parte da constituição de vários materiais em associações diversas com outros elementos. A concentração média de um determinado elemento químico na crusta terrestre designa-se porclarke e exprime-se em partes por milhão (ppm) ou gramas por tonelada (g/ton). Um local no qual um determinado elemento químico existe numa concentração muito superior ao seu clarke designa-se por jazigo mineral. Neste, o material que é aproveitável e que tem interesse económico designa-se minério, enquanto o material sem valor económico que está associado ao minério designa-se ganga ou estéril. A ganga é geralmente acumulada emescombreiras, que são depósitos superficiais juntos às explorações mineiras.
Os metais são dos materiais mais utilizados pela nossa civilização em quase todas as áreas da indústria, na construção civil, na joalharia, em arte – nas esculturas, no fabrico de tintas, de produtos químicos e farmacêuticos, etc.

Os recursos minerais não metálicos são materiais como cascalhos, areias e rochas consolidadas.
São materiais abundantes que, com excepção das pedras preciosas, não atingem preços elevados no mercado e provêm de fontes locais.

Desvantagens dos recursos minerais

As escombreiras são capazes de gerar, por vezes, situações com impacto ambiental muito negativo. É o caso da formação de lixiviados através da acção da água da chuva sobre as escombreiras. Estes líquidos de escorrência, contendo em solução substâncias tóxicas, acabam por contaminar os recursos hídricos da região.
Outra situação de impacto negativo resulta do tratamento químico que o minério sofre após a sua extracção, o que resulta na formação de líquidos residuais contaminantes.
Outra desvantagem é o impacto visual das escavações quando a extracção do minério é realizada a céu aberto.

Por exemplo, no caso das minas de urânio, pode haver contaminação radioactiva das águas, dos solos e da atmosfera, quer pela libertação de poeiras, quer pela libertação de um gás – o radão – de efeitos nefastos para a saúde e para o ambiente.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Portugal uma potência mundial de lítio?


Portugal é já o quinto produtor mundial de lítio, e a procura desta matéria-prima para baterias de carros eléctricos vai quadruplicar.
Um estudo divulgado pela empresa de consultoria MarketResearch.com indica que a procura de lítio para a construção de baterias de iões de lítio para a indústria automóvel vai quadruplicar ao longo dos próximos 10 anos.
Mina de lítio a céu aberto, perto da Guarda.
O mesmo estudo revela que em 2010 o mercado mundial de lítio ascendeu a 11 mil milhões de dólares (€8 mil milhões), mas que em 2020 deverá rondar os 43 mil milhões de dólares (€31,5 mil milhões).
Alguns analistas do sector extractivo garantem que Portugal tem aqui uma oportunidade única para "marcar pontos" neste importante mercado, pois actualmente já é o 5º maior exportador mundial de lítio, e tem potencial de exploração para mais 70 anos. Estes dados são confirmados, aliás, num dos relatórios mais recentes do Departamento de Energia norte-americano.
Indústria automóvel interessada no lítio português 

Automóvel eléctrico
O problema é que Portugal apenas vai até à produção de concentrado de lítio, ou seja, não acrescenta mais valor ao seu produto, tendo que o vender em bruto para os proprietários de fundições de outros países. Esses, sim, é que entregam à indústria automóvel o lítio pronto para ser utilizado em baterias de carros eléctricos. São também estes intermediários que facturam uma parte considerável do processo de transformação do lítio.
O principal produtor de lítio em Portugal está já a ser sondado por várias empresas multinacionais da indústria das baterias para carros eléctricos, no sentido de formar parcerias que possam passar pela criação de uma fundição em Portugal. Ou seja, poderia ser um passo à frente no processo, em que o país acrescentaria valor ao seu recurso natural.
Bateria de lítio 
Para além da indústria automóvel, o lítio também, é utilizado na indústria electrónica (ex: telemóveis), farmacêutica e prevê-se que venha a ter cada vez mais aplicações na indústria aeroespacial e também na área militar.
Com estes avanços para a área mineira, a indústria automóvel quer garantir, de alguma forma, que não vai ter problemas no abastecimento dessa importante matéria-prima, para que a nova área de negócio dos carros eléctricos, que agora desponta, não fique comprometida.

Bibliografia:

Descoberta de um novo mineral em Espanha


Uma equipa de investigadores do Instituto Geológico e Mineiro de Espanha e da Universidade Complutense de Madrid descobriu um novo tipo de mineral, a zaccagnaita-3R, na gruta El Soplao (Cantábria, Espanha).

zaccagnaita-3R 
É o primeiro caso descrito deste tipo de material encontrado numa caverna. Em 2001, foi descoberta uma forma diferente de zaccagnaita (zaccagnaita-2H), em Carrara (Itália).
O material agora descrito é, então, um novo mineral espeleotémico, ou seja, que ocorre dentro de grutas. A El Soplao é, que se saiba, a única onde este ocorreu. A descoberta está publicada na edição de Abril da revista «American Mineralogist», editada pela Sociedade Americana de Mineralogia.

O zaccagnaita-3R distingue-se, primeiro, por ter sido encontrado numa gruta, depois, pela sua morfologia octaédrica e por ter uma zona de fluorescência, características desconhecidas em hidrotalcitas naturais (grupo ao qual pertence a zaccagnaita). Do ponto de vista químico, é mais rico em alumínio.

A outra 'versão' do mineral foi descoberta em 2001, os investigadores que a descreveram só conseguiram encontrar alguns cristais de tamanho microscópico, já que o mineral é extremamente escasso. Aquele é diferente do agora descrito e só se encontra em Carrara e, possivelmente, em São Constantino, na Grécia...
A zaccagnaita-3R é, até agora, um exclusivo da gruta espanhola. Pertence ao grupo das hidrotalcitas, minerais relativamente raros que têm um grande interesse pelas suas possíveis aplicações práticas, especialmente como catalisadores em processos industriais, em tratamento de águas e em saúde.
São utilizados como fármacos antiácido e antiséptico (utilizam-se no tratamento de úlceras gástricas pelo seu efeito neutralizante), excipiente anti-inflamatório, assim como para o tratamento de enfermidades cardíacas.   

Bibliografia:

O novo ouro do Brasil - O Sol

Segundo um estudo recente da consultora McKinsey & Co. a energia solar fotovoltaica pode atingir 400 a 600 GW, até 2020.


Um investimento que se deverá situar entre 800 mil milhões a 1,2 biliões de dólares. O rápido desenvolvimento do mercado de energia solar está a ser viabilizado pela forte redução de preços dos painéis fotovoltaicos nos últimos anos.
Em 2011, pela primeira vez, a energia solar liderou os investimentos mundiais em energia renovável com 128 mil milhões de dólares, mais 44% do que em 2010. O montante permitiu que fossem instalados 29,7 GW e gerou um crescimento de cerca de 68% na capacidade total instalada. As centrais solares somam já mais de 73 GW em operação, com a Alemanha e a Itália a representar mais de 50% desta capacidade.
Mas "o sol quando nasce...é para todos". A Bloomberg New Energy Finance noticiou recentemente, que o Brasil, juntamente com a Alemanha, Austrália, Dinamarca, Espanha, Itália e Portugal, atingiu a chamada ‘grid parity' (paridade com a rede), ou seja, o preço da energia gerada com painéis fotovoltaicos tornou-se competitivo face ao preço da energia da rede.

Entretanto, no passado dia 17 de Abril, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica Brasileira) publicou uma Resolução Normativa, que veio estabelecer um prazo para que as empresas distribuidoras de energia elétrica se preparem para a conexão de sistemas de mini e microgeração.
Por isso, no Brasil passará a ser possível instalar painéis fotovoltaicos nas residências ou escritórios, e consumir a energia produzida por esses sistemas, pagando à distribuidora somente o diferencial da energia consumida da rede (consumo líquido). Caso haja excedentes de produção, estes poderão ser utilizados, como créditos, num período de até 36 meses.
Esta resolução é um primeiro passo para a construção do mercado de energia solar no Brasil, que, por agora, é quase inexistente. No entanto, não podemos deixar de notar que o modelo adotado pode agravar ainda mais as assimetrias tarifárias existentes no continente brasileiro. Na prática, esta regulação cria maiores incentivos para a instalação de sistemas fotovoltaicos onde existe abundante recurso solar e onde as tarifas da rede são mais elevadas, como por exemplo, em alguns estados do Nordeste brasileiro. Estes sistemas, por canibalizarem os consumos da energia fornecida pelas empresas distribuidoras, reduzem a utilização das redes elétricas sem que seja diminuído o seu custo global. Um efeito que pode impactar o setor no médio/longo prazo.

Mas para Portugal esta resolução da ANEEL é um avanço importante, porque abriu mais um grande mercado para as empresas que atuam no segmento da energia renovável. E em breve podemos vir a assistir a uma corrida ao novo "ouro brasileiro" - o Sol. 
Bibliografia:

quinta-feira, 22 de março de 2012

Fósseis de hominídeos mais antigos da Europa

Ossos têm sinais de modernidade e primitivismo!
Em 2007 foram descobertos em Dmanissi (Geórgia), um crânio e esqueletos parciais de três adultos e um adolescente que viveram há 1,77 milhões de anos foram descobertos, isto faz com que sejam os fósseis de hominídeos mais antigos encontrados até hoje fora de África.
Os restos fossilizados, que estão bem preservados, de acordo com os cientistas, mostram ainda uma série de características a um tempo primitivas e modernas, que é "surpreendente", e que traz novas peças ao puzzle da evolução humana.
Os fósseis encontrados em Dmanissi, apresentam uma curiosa mistura de características primitivas e modernas. Entre as primeiras contam-se a altura dos indivíduos, entre 1,45 e 1,66 metros, um cérebro pequeno, entre 560 e 632 gramas, idêntica à massa cerebral de um australopiteco (anterior a estes, já que viveu entre há quatro e dois milhões de anos) e a ausência de torção do úmero (osso do braço), o que fazia com que tivesse as palmas das mão voltadas para a frente. As suas características modernas são, por exemplo, as proporções corporais quase idênticas, justamente, às do homem moderno.
Artigo do DN com fotografia dos fósseis
Neste artigo denotamos que os vestígios encontrados apresentam características primitivas e modernas , isto faz com que os cientistas se interroguem sobre as teorias criadas para a evolução da humanidade ,  provavelmente hominídeos de diferentes características desenvolveram relações entre eles , mas nada disto está provado pela comunidade.


Bibliografia:
http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=985234 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Evolução da Espécie Humana (Árvore Genealógica)

Foi-nos dada a proposta de construir uma árvore genealógica sobre a evolução do Homem e depois de várias pesquisas construí-mos a seguinte árvore:

Clicar na imagem para ampliar 
Esta árvore é a junção de várias árvores que analisamos, mas que não estavam de acordo com as nossas ideias.
Concluímos que os Hominídeos se dividem em três classes: Homini, Australopithecus e Homo.
Fizemos algumas separações como o Homo Rudolfensis e o Homo Habilis ou o Homo Georgicus e o Homo Ergaster que apesar de terem existido em épocas muito próximas, foram encontrados em locais distantes entre si.

326 locais de elevado interesse científico em Portugal

A inventariação geológica completa do território português é de importância científica e estratégica fundamental e foi concluído recentemente sob coordenação do Departamento de Ciências da Terra da Escola de Ciências da Universidade do Minho.

Segundo José Brilha, docente e coordenador do projecto, já existia um levantamento feito ao nível da fauna e da flora, mas era fundamental classificar locais de valor abiótico (influências que os seres vivos recebem num ecossistema), com interesse científico, revelando a importância de ser gerido e preservado pelas autoridades nacionais que tratam da conservação da natureza.
A inventariação localizou 326 locais com interesse científico fundamental para o conhecimento geológico do país. O levantamento teve em conta, não só o valor científico dos locais, mas também a vulnerabilidade deste património. Alguns dos geo-sítios apresentam risco de destruição devido à ausência de políticas adequadas de gestão. A lista geral inclui, por exemplo, o granito de Lavadores em Gaia, o fojo das Pompas  em Valongo), os blocos erráticos de Valdevez no Gerês (Fig.1), as minas da Borralha em Montalegre, os fósseis da Pereira do Valério em Arouca (Fig.2) e o inselberg de Monsanto em Idanha-a-Nova.
Fig.1
Em Portugal existem vários locais não devem ser destruídos, pois são importantes testemunhos científicos dos acontecimentos-chave que marcaram a história do planeta, nomeadamente do território português.

Fig.2
O objectivo dos investigadores é que Portugal tenha instrumentos necessários para implementar uma política de geoconservação e também cruzar informação com os colegas espanhóis para definir um inventário à escala Ibérica, e numa fase posterior o objectivo é articular com a França e Itália, a inventariação do Sul da Europa, visando num médio prazo classificar geologicamente a Europa.


Bibliografia:
http://www.cienciahoje.pt/ 

O Menino de Lapedo

Menino do Lapedo foi a denominação dada ao fóssil de uma criança encontrado em 1998 no Abrigo do Lagar Velho do Vale do Lapedo, na cidade portuguesa de Leiria.
Este achado trouxe evidências acerca da evolução da humanidade, pois aparentemente representa o cruzamento entre um Homo Sapiens e um  Homo Neandertalensis, o que significa que estas duas subespécies terão coabitado e cruzado entre si.
Fig.1
Análise às ossadas do corpo do menino
O esqueleto encontrado é de uma criança com uma idade média estimada de 4.2 anos.

Fig.2

  Relativamente ao fémur direito, o mais conservado, explícito na Fig.2, podemos concluir que embora dentro da gama de valores aceite (mas fora do valor médio) para um sapiens daquele período, os parâmetros assemelham-se mais com os valores médios dos fémures Neandertais. O índice crural, a razão entre o tamanho da tíbia e do fémur, os ossos da coxa e da perna, é muito menor que o de um humano moderno, idêntico ao que se esperaria de uma criança Neandertal.

   A mandíbula (Fig.3) também combina a forma de um sapiens com a de um Neandertal. Aspectos morfológicos de estruturas como o orifício mental, orifício mandibular ou o bordo mandibular simétrico não permitem excluir, embora não apresentem valores medianos, a identidade como sendo sapiens. O ângulo da mandíbula também se aproxima muito mais do traço Neandertal assim como a robustez dos ossos acima dos olhos e de ambos os zigomáticos, por outro lado, o tórax, braço e a maior parte do crânio são inequivocamente modernos
Fig.3

Este é contudo um tema que gera muita polémica, estando longe a união na comunidade científica, há quem se oponha, considerando mesmo impossível o seu cruzamento, alguns autores mais radicais negam mesmo a sua classificação como subespécies da espécie, Homo sapiens, excluindo assim definitivamente qualquer hipótese de cruzamento. Há também quem intreperte as características deste fóssil como o resultado de uma doença que terá afetado o crescimento.

Bibliogafia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Menino_do_Lapedo

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cartas topográficas

Foi-nos dado uma proposta de trabalho na aula de geologia que consistiu em elaborarmos, umas cartas geológicas através do programa Inkscape. Cada elemento de cada grupo teve que desenhar uma carta através de outra original. A baixo temos duas das cartas elaboradas por dois elementos do nosso grupo. 
(Para verem as cartas mais ampliadas cliquem sobre elas).
Carta do Aluno Samuel nº 27

A imagem acima apresentada, contém à esquerda a carta original pela qual traçámos a nossa carta presente do lado direito da imagem onde somente estão presentes, curvas de nível, cursos de água e pontos cotados. A elaboração desta carta não foi muito complicada em comparação com as outras mas requereu algum cuidado e trabalho.


Carta do Aluno Luís nº 20

Acima está ilustrada outra imagem semelhante à primeira, em que à esquerda temos a carta original e à direita a carta elaborada por nós apenas com as curvas de nível, os cursos de água e os pontos cotados, estando ainda presentes nesta imagem alguns pontos geodésicos visto que esta carta original os continha. A elaboração desta carta já foi mais complicada como dá para perceber, tem mais curvas de nível e mais cursos de água, dando assim mais trabalho.

Glaciares e o degelo

Glaciar é uma grande e espessa massa de gelo formada em camadas sucessivas de neve compactada e cristalizada, de várias épocas, em regiões onde a acumulação de neve é superior ao degelo. É dotada de movimento e se desloca lentamente, em razão da gravidade, relevo abaixo, provocando erosão e sedimentação glaciar.

O gelo dos glaciares é o maior reservatório de água doce sobre a Terra, e perde em volume total de água apenas para os oceanos. As geleiras cobrem uma vasta área das zonas polares mas ficam restritas às montanhas mais altas nos trópicos. Em outros locais do sistema solar, as grandes calotas polares de Marte rivalizam-se com as da Terra.


O degelo dos glaciares aumenta e Portugal está em risco
Em todo o mundo, os glaciares derretem a um ritmo impressionante. Um ritmo que ultrapassa até as previsões mais pesssimistas. A tendência volta a ser confirmada por um estudo recente da Universidade da Sabóia, perto de Chambery, em França. O degelo dos glaciares é a principal causa da subida do nível dos oceanos. Portugal é um dos países em risco.

Fig.1
 Previsão da Costa Portuguesa em 2100 devido à erosão e ao degelo dos glaciares e das calotes polares
A maior parte da costa portuguesa está em risco de erosão e perda de terreno durante as próximas décadas devido às alterações climáticas. No entanto, não há nenhum estudo integrado que permita avaliar com exactidão o que vai acontecer, e onde, e que medidas são necessárias para minimizar estragos.


Uma notícia que contradiz todas as previsões
Todas as previsões tem apontado para o aumento da velocidade do degelo dos glaciares, no entanto, um novo relatório científico divulgado recentemente, tem finalmente um vislumbre de algo positivo.  Afirma que, enquanto os glaciares dos Himalaias (Fig. 2) estão derretendo mas estão fazendo num ritmo muito mais lento do que se acreditava anteriormente.

Fig.2
O portador da boa notícia foi John Wahr, um pesquisador da Universidade do Colorado em Boulder . Ele e a sua equipe realizaram um estudo á sucessão gigante de montanhas utilizando medições para as alterações massa de gelo para todos os glaciares e baseando-se numa melhor análise de dados registado pelo  satélite da NASA, GRACE, de 2003 a 2010, os resultados, publicados na revista Nature , oferecem um alívio para uma região já sente os impactos do aquecimento global.
O que eles descobriram foi que a quantidade de perda anual dos glaciares do Himalaia e Karakoram não era tão terrível como tinha sido calculado por pesquisadores anteriores. Na verdade, era substancialmente menos, cerca de 4 bilhões de toneladas por ano, ao contrário da atual percepção de 50 bilhões de toneladas.

Fig.3
Por quê a grande divergência? John Wahr acredita que pode ser devido ao facto de que as últimas projecções serem baseadas em algumas centenas de glaciares que podem ser observados a partir do solo. No entanto, os dados do GRACE é a compilação de mais de 200.000 glaciares ou a tampa da Terra de gelo inteira.


É fascinante a forma como os glaciares se formam e mais incrível ainda são as estupendas paisagens que estes glaciares nos proporcionam, devendo nós tentar reduzir ao máximo a destruição destes, pois, uma das grandes causas do degelo dos glaciares é o aquecimento global do qual nós estamos envolvidos nele negativamente.

Bibliografia:
Livro de Geologia 12º ano

Mineral mais velho do que a Terra encontrado num meteorito

Uma equipa de geólogos da City University of New York (CUNY) e do museu norte-americano de História Natural anunciaram na revista  «American Mineralogist» a descoberta de um mineral desconhecido até agora e inexistente na Terra.
Este mineral terá sido um dos primeiros a formar-se no sistema solar. É um componente original da maior parte dos planetas do sistema e existiu mesmo antes do começo da formação da Terra e dos seus vizinhos. 

O mineral, baptizado como crotita (Fig. 1), é o componente principal de uma série de inclusões de um meteorito encontrado no norte de África, o NWA 1934. Este pequeno grão, que devido à sua aparência foi chamada de “ovo partido”, intrigou desde logo os investigadores.Com alguma frequência, os meteoritos contêm pequenos fragmentos ou inclusões de outros materiais cujo estudo se tem revelado uma fonte inesgotável de informação sobre os inícios do sistema solar.

Fig. 1 
Este é uma rara mistura refractária de cálcio e alumínio o que significa que a sua estrutura é estável a temperaturas elevadas.
Depois de identificado, o “ovo partido” foi enviado para o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) onde foi submetido a análises de nanomineralogia para que fossem determinados os seus componentes.

Encontrar este composto formado naturalmente há mais de 4500 milhões de anos é um “tesouro”, visto que contém informação que pode ajudar a decifrar a origem do sistema solar.
Fabricar artificialmente este material requer que se utilizem temperaturas de, pelo menos, 1500 graus centígrados. Este “ovo partido” formou-se a baixas pressões, o que é consistente com o facto de que a sua origem data das fases iniciais da nebulosa solar primogénita, da qual se formaram os planetas.

Bibliografia:

Abalo no Haiti poderá ser aviso de novos tremores de terra

O sismo que abalou o Haiti, há dois anos, poderá ser a manifestação de um novo ciclo de actividade sísmica com futuros tremores de terra arrasadores, concluiu uma investigação publicada em Janeiro nos EUA.

Segundo os autores do estudo liderado por William Bakun, da U.S. Geological Survey, os arquivos históricos revelam uma actividade sísmica frequente nas Caraíbas nos últimos 500 anos, mais particularmente na ilha de Hispaniola, partilhada pelo Haiti e pela República Dominicana.

Fig. 1
Sismólogos apoiaram-se em numerosos relatos de destruições provocadas por diferentes tremores de terra para avaliar a sua intensidade, a sua situação geográfica e amplitude e, assim, elaborar um modelo.

No estudo, publicado no Boletim da Sociedade Americana de Sismologia, os autores descrevem uma série de sismos devastadores ocorridos no século XVIII na falha de Enriquillo, que atravessa a ilha de Hispaniola de este a oeste.

Um abalo de magnitude 6,6 ocorreu em 1701 no Haiti, muito próximo do epicentro do violento sismo de 12 de Janeiro de 2010, de magnitude 7,0, que matou mais de 200 mil pessoas. De acordo com os cientistas, as descrições dos abalos e da sua intensidade são semelhantes.
 A 3 de Junho de 1770 registou-se um tremor de terra de magnitude 7,5, a oeste da zona do sismo de 2010, que ocorreu após 240 anos de pausa sísmica. Para William Bakun, do Instituto de Geofísica norte-americano e um dos co-autores do estudo, a falha Enriquillo “parece novamente activa”.

Assim pode vir aí um ciclo de sismo destruidores nesta zona, tendo assim os especialistas aconselhado os Haiti e a República Dominicana para se prepararem para sismos de uma intensidade semelhante aos que se verificaram.

Bibliografia:

domingo, 29 de janeiro de 2012

Cartografia Geológica


A informação geográfica relativa à constituição geológica do território revela-se fundamental no entendimento de fenómenos que ocorrem sobre a superfície da terra.
O recurso à cartografia geológica sustenta:
. a prospecção e exploração de recursos energéticos, minerais;
. a selecção e caracterização de locais para a implantação de grandes obras de engenharia;
. estudos de caracterização e preservação do ambiente;
. estudos de previsão e de prevenção de fenómenos naturais, como, por exemplo, dinâmica de vertentes, actividade sísmica e vulcânica;
. a compreensão dos padrões de ocupação histórica do território;
. estudos científicos diversos.
A produção em Portugal de mapas com esta informação é abundante mesmo que ainda não exista uma cobertura exaustiva - e quer os temas quer as escalas a que a diferente cartografia é publicada é reveladora da importância destas matérias no quadro da produção geral de cartografia em Portugal.
A responsabilidade da produção desta Cartografia é atribuída ao LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia, que por sua vez  integra competências desenvolvidas por departamentos e unidades orgânicas do INETI – Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação. Estas entidades integraram os  SGP (Serviços Geólogicos de Portugal) e o IGM (Instituto Geológico e Mineiro).

Fig.1
As Cartas Geológicas de Portugal:
Carta Geológica de Portugal, na escala de 1:25 000
Carta Geológica de Portugal, na escala de 1:50 000 (ver lista de cartas publicadas aqui)
Carta Geológica de Portugal, na escala de 1:200 000
Carta Geológica de Portugal, na escala de 1:500 000
Carta Geológica de Portugal, na escala de 1:1 000 000
Cartas Geológicas das Regiões Autónomas

A Carta Geológica de Portugal, na escala de 1:50 000
Os trabalhos que conduziram à carta Geológica na escala 1:50.000 (Fig. 2) iniciaram-se em 1952.
Estas colecções obedecem a uma lógica de organização e identificação segundo a qual o espaço nacional é fragmentado em parcelas rectangulares de território, cada qual com um número identificativo em função da escala considerada. Essa divisão,mapeada, deverá sustentar e apoiar a procura orientada do material cartográfico existente na MAPoteca. Assim, em função da extensão da área a estudar, da qualidade e pormenor da informação geográfica necessária e da exequibilidade na manipulação de um número mais ou menos considerável de cartas, deverá o Utilizador planear a aproximação ao território em função desta matriz e procurar os documentos neste Serviço, requisitando-os pelos números que identificam cada uma das cartas a diferentes escalas. Note-se que este mosaico não respeita a lógica administrativa nacional, alertando-se desde já os Utilizadores para uma avaliação da abrangência do território a analisar e a sua total inclusão nas cartas requeridas. No caso particular das cartas geológicas de Portugal à escala 1:50 000, a lógica de identificação das cartas é em tudo igual àquela adoptada na identificação das Cartas Corográficas de Portugal (exemplo: folha 9-D Porto, ou folha 37-A Elvas,
Fig.2
A riquíssima informação encontrada nas Cartas Geológicas de Portugal é ainda complementada com a "Notícia Explicativa" que acompanha cada um dos exemplares.



Bibliografia: