sexta-feira, 1 de junho de 2012

O novo ouro do Brasil - O Sol

Segundo um estudo recente da consultora McKinsey & Co. a energia solar fotovoltaica pode atingir 400 a 600 GW, até 2020.


Um investimento que se deverá situar entre 800 mil milhões a 1,2 biliões de dólares. O rápido desenvolvimento do mercado de energia solar está a ser viabilizado pela forte redução de preços dos painéis fotovoltaicos nos últimos anos.
Em 2011, pela primeira vez, a energia solar liderou os investimentos mundiais em energia renovável com 128 mil milhões de dólares, mais 44% do que em 2010. O montante permitiu que fossem instalados 29,7 GW e gerou um crescimento de cerca de 68% na capacidade total instalada. As centrais solares somam já mais de 73 GW em operação, com a Alemanha e a Itália a representar mais de 50% desta capacidade.
Mas "o sol quando nasce...é para todos". A Bloomberg New Energy Finance noticiou recentemente, que o Brasil, juntamente com a Alemanha, Austrália, Dinamarca, Espanha, Itália e Portugal, atingiu a chamada ‘grid parity' (paridade com a rede), ou seja, o preço da energia gerada com painéis fotovoltaicos tornou-se competitivo face ao preço da energia da rede.

Entretanto, no passado dia 17 de Abril, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica Brasileira) publicou uma Resolução Normativa, que veio estabelecer um prazo para que as empresas distribuidoras de energia elétrica se preparem para a conexão de sistemas de mini e microgeração.
Por isso, no Brasil passará a ser possível instalar painéis fotovoltaicos nas residências ou escritórios, e consumir a energia produzida por esses sistemas, pagando à distribuidora somente o diferencial da energia consumida da rede (consumo líquido). Caso haja excedentes de produção, estes poderão ser utilizados, como créditos, num período de até 36 meses.
Esta resolução é um primeiro passo para a construção do mercado de energia solar no Brasil, que, por agora, é quase inexistente. No entanto, não podemos deixar de notar que o modelo adotado pode agravar ainda mais as assimetrias tarifárias existentes no continente brasileiro. Na prática, esta regulação cria maiores incentivos para a instalação de sistemas fotovoltaicos onde existe abundante recurso solar e onde as tarifas da rede são mais elevadas, como por exemplo, em alguns estados do Nordeste brasileiro. Estes sistemas, por canibalizarem os consumos da energia fornecida pelas empresas distribuidoras, reduzem a utilização das redes elétricas sem que seja diminuído o seu custo global. Um efeito que pode impactar o setor no médio/longo prazo.

Mas para Portugal esta resolução da ANEEL é um avanço importante, porque abriu mais um grande mercado para as empresas que atuam no segmento da energia renovável. E em breve podemos vir a assistir a uma corrida ao novo "ouro brasileiro" - o Sol. 
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